LOGÍSTICA URBANA.

Estudo reúne soluções de logística urbana para o transporte de cargas.

Estudo reúne soluções de logística urbana para o transporte de cargas.

A publicação apresenta alternativas de caráter operacional, como entregas noturnas ou fora dos horários de maior tráfego e a adoção de faixas exclusivas para o transporte de mercadorias.


O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com o apoio do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), lançou o estudo Distribuição Urbana de Mercadorias e Planos de Mobilidade de Carga: Oportunidades para municípios brasileiros, que oferece soluções de logística a gestores públicos e a empresas para planejar a distribuição de mercadorias buscando melhorar a mobilidade urbana e diminuir a poluição do ar e sonora.

Ao mesmo tempo em que é uma atividade essencial para o desenvolvimento econômico e requer ambiente adequado para operar com eficiência, o transporte de cargas contribui fortemente para os congestionamentos. Nesse sentido, a publicação apresenta alternativas de caráter operacional, como entregas noturnas ou fora dos horários de maior tráfego e a adoção de faixas exclusivas para o transporte de mercadorias, assim como algumas inovações, como entregas por bicicleta, triciclos ou veículos elétricos e ferrovias.

Do ponto de vista de infraestrutura, as cidades podem implementar plataformas logísticas (empreendimentos de grande porte), centros de distribuição urbana (instalações menores que recebem mercadorias de vários pontos para serem distribuídas em veículos menores), espaços logísticos (localizados em bairros e com veículos de baixa emissão de carbono) e pontos de entrega de mercadoria do comércio eletrônico.

Certas regulações também auxiliam na melhoria da mobilidade, como o pedágio urbano, a restrição de circulação de transporte de cargas em determinados horários, a determinação de zonas de baixa emissão e a regulamentação de áreas de carga e descarga.

Entretanto, para definir quais soluções logísticas podem contribuir para melhorar a mobilidade é necessário que o transporte de cargas faça parte dos planos de mobilidade urbana, o que, atualmente, acontece em poucas cidades brasileiras, especialmente porque os gestores não dispõem de dados.

Para resolver essa deficiência, o estudo propõe metodologias para levantar e sistematizar esses dados, que compreendem o mapeamento de instalações logísticas, a realização de pesquisas com estabelecimentos comerciais e empresas de transporte, e o diagnóstico de áreas de carga e descarga, além de oferecer sugestões para a elaboração de planos de mobilidade urbana de carga.

De acordo com Karisa Ribeiro, especialista em Transportes do BID e coautora do estudo, é fundamental que as cidades considerem a movimentação de cargas, e não apenas de pessoas, em seus planos de mobilidade. “Os bons planos são aqueles que criam um ambiente favorável para o dinamismo das atividades econômicas e para o deslocamento de pessoas e de cargas na cidade com o menor impacto negativo para a população e o meio ambiente”, disse.

Fonte: Setcergs

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