Preço do diesel.

Petrobrás estuda nova política de reajustes do diesel após o fim do subsídio do governo.

Petrobrás estuda nova política de reajustes do diesel após o fim do subsídio do governo.

Em dezembro termina o subsídio do governo no preço do diesel e a Petrobrás está buscando nova fórmula para os reajustes a partir de janeiro. 


O presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, disse nessa segunda-feira (10) que a companhia pode adotar para os reajustes do diesel o mesmo mecanismo de hedge (proteção, no jargão técnico do mercado financeiro), anunciado para a gasolina na semana passada. O objetivo é evitar um excesso de volatilidade nos reajustes do diesel, depois de 31 de dezembro, quando se encerra a política de subsídios implementada pelo governo para acabar com a greve dos caminhoneiros. Para a gasolina, o mecanismo de hedge permite que o valor do combustível permaneça sem alteração por até 15 dias.

"A gente vai olhar principalmente o que está acontecendo em relação a essa experiência na gasolina, e eventualmente poderia aplicar a mesma fórmula para o diesel. Ainda é muito preliminar, não há nenhuma decisão interna na companhia, mas é algo que a gente pode vir a fazer", disse Monteiro, que participou do Investor Day, evento em que são apresentadas projeções da empresa a investidores.

O presidente da Petrobras disse que a decisão de fazer um ajuste na política de preços dos combustíveis, com a adoção de hedge, foi tomada pelas várias áreas da empresa, sem influência do governo. A mudança, segundo Monteiro, evita que seja repassada diariamente ao preço dos combustíveis a volatilidade trazida por eventos climáticos, por exemplo.

"Estamos de olho na temporada de furacões, que chegaram a provocar variação de 6% a 7% no dia apenas com um produto. Pela política anterior, a volatilidade trazida por esses eventos climáticos seria repassada ao preço dos combustíveis diariamente. Pela política anterior, por exemplo, o reajuste poderia chegar até a 8%, num dia, considerando também a volatilidade do câmbio no Brasil", justificou Monteiro.

Fonte: Jornal do Comércio

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