Editorial

OLHANDO NO HORIZONTE DE 2017.

OLHANDO NO HORIZONTE DE 2017.

Para que tenhamos uma expectativa correta de 2017 precisamos analisar a economia brasileira como um doente em recuperação. Nossa economia ainda sofre as dores de vários males que nos atingiram. É prudente considerarmos que tivemos  uma doença grave, e que a recuperação é realmente lenta nesses casos. Por isso o próximo ano ainda será de tomar remédios e cuidar com carinho de nossa mente. Se tivermos uma cabeça equilibrada, vamos ter uma melhora em nosso estado geral. 

Ao falar das possibilidades econômicas, temos que considerar alguns dados que podem sinalizar o que poderá ser o ano de 2017 na economia. Embora com menor ímpeto do que esperado até alguns dias, o PIB deve voltar a crescer. Dessa forma podemos dizer que 2016 foi o nosso “fundo do poço”.  Só o fato de pararmos de cair no “buraco” da recessão econômica, já pode nos dar uma perspectiva diferente para nossa vida e nossos negócios. 

Teremos um início de ano com a economia em marcha lenta, mas se já for na primeira marcha, melhor que nessa marcha ré que transitamos durante todo 2016. Andar para frente é fundamental para chegarmos em algum lugar. Os dados da macroeconomia sinalizam que a inflação está em queda, que a taxa básica de juros vai chegar ao fim de 2017 em torno de 11,75% ante a taxa final de 2016 de 13,25%. O governo promete que vai fazer leilões no setor de infraestrutura (aeroportos, etc.), existe a previsão de leilões no pré-sal e em outros setores. A economia deverá retomar uma rota positiva. 

Sabemos que o crescimento sustentado só virá com a queda do juro e da inflação, ou seja, com estabilidade da macroeconomia. O custo do investimento precisa cair. Alguns setores da economia, como é o caso do transporte, precisam de juros pagáveis. Sem isso não haverá condições de retomada de investimento. Sem investimento não há crescimento. Pensando assim podemos supor que 2017 ainda será um ano de pouco investimento no setor de transporte. Como sabemos, a atividade de transporte é um serviço que está ligado essencialmente ao índice de atividade industrial, ao consumo, e as nossas capacidades de exportação. Ou seja, primeiro esses setores da economia precisam melhorar para, em seguida a atividade de transporte reagir. 

Quem olhar para 2017 com um pouco de boa vontade e otimismo pode ter um bom ano. É preciso que exista confiança e crença no futuro, pois uma melhora de estágio, com momentos diferentes dos vividos no presente, depende de apostar no futuro e, na visão e desejo de cada um de nós de alcançar estágios mais avançados dos que os vividos no presente. É preciso considerar que um fator que está prejudicando todos nessa crise é a falta de acreditar mais no nosso potencial. Estamos com baixo auto estima e desmotivados. Isso também precisa mudar com uma visão diferente, olhando um pouco mais no horizonte de médio e longo prazo. 

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