Editorial

Dirigir envolve mais riscos além da fadiga e do sono ao volante.

Dirigir envolve mais riscos além da fadiga e do sono ao volante.

Dirigir por longos períodos exige planejamento. Estudos mostram que uma das principais causas de acidentes nas rodovias brasileiras é a fadiga do motorista, responsável por 18% dos acidentes, e o sono, responsável por 42% das ocorrências. Conforme esses dados mostram, 60% de todos os acidentes em nossas entradas, estão relacionadas a falta de descanso. Isso mostra que quem vai para a estrada para dirigir por roteiros longos, precisa planejar-se e prever paradas de descanso. Mesmo que não seja motorista profissional é necessário planejamento antes de pegar a estrada.

Outros dados mostram que a maioria absoluta dos acidentes tem como causa falha humana. Conforme estatísticas 93% das causas de acidentes tem como origem falha do motorista, ou seja, os veículos e condições de tráfego são responsáveis por somente 7% de todos os acidentes. Por mais assustador que possa parecer, essas falhas envolvem mais os motoristas profissionais que motoristas de finais de semana. Esse dado mostra que o preparo técnico de quem está no volante influencia menos que seu comportamento, ou seja, saber dirigir bem, conhecer o roteiro de viagem, estar treinado, etc. podem influenciar menos que a atitude que o motorista tem ao volante.

Entre os fatores de risco relacionados a atividade na estrada que mais influenciam na ocorrência de acidente aparecem o cansaço, o sono, a má alimentação, álcool e drogas. Atitudes de risco ligadas ao comportamento do motorista na direção, como o desrespeito as regras de trânsito,  são as responsáveis pela outra parte das ocorrências. Conforme os dados mostram, o fator humano é o principal para a segurança na direção. Os veículos cada vez mais seguros e o motorista ainda altamente sujeito a comportamentos e atitudes inseguras mostra que há um desequilíbrio nessa relação homem equipamento. Não é por acaso que se fala tanto ultimamente e se aposta muito num futuro onde tenhamos veículos autônomos. A tendência é que no futuro o papel do motorista no processo de condução de um veículo tenha cada vez menos peso. Infelizmente os fatores humanos geram os maiores riscos na direção.

Comentários